Leões na Caverna de Chauvet – fonte: http://www.vortexcultural.com.br/images/2013/01/a-caverna-dos-sonhos-esquecidos.jpg
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Depois de assistir ao belo filme de Herzog – A caverna dos sonhos esquecidos – segui-se uma ótima discussão entre os amigos. Que relações podíamos estabelecer entre os diversos níveis e tipos de discurso (científico, artístico, visual, sonoro) colocados em operação pelo diretor? Há muitos caminhos. Um que me inquietou poderia ser resumido neste denso parágrafo:
Quando as potências da imaginação encontra as capacidades renovadas da representação imagética das tecnologias simulacionais sem, no entanto, interrogar a constituição política da linguagem visual específica ao dispositivo técnico que lhe dá existência sensível; o real, o imaginário, o virtual e o atual ameaçam colapsar num signo que se quer verdadeiro e totalitário; o passado, o presente e o futuro, torna-se-iam também um contínuo coerente em que a possibilidade de interrogar o presente e se imaginar outros mundos possíveis conflita com o futuro simulado e legitimado tecnicamente e cientificamente como expressão do real e verdadeiro.