As tecnologias inspiradas na natureza: tecno ou cosmofobia?

Experimentação coletiva na recuperação de nascentes no Pico do Jaraguá, zona norte de São Paulo.

Ensaio de Priscila Ambrósio Moreira

As ciências naturais se tornaram uma janela para o mundo, sobretudo em condições de confinamento nas cidades. É de lá que se ouve falar sobre os tipos de vacina, qual a porcentagem de floresta amazônica que foi desmatada, em que canto dos oceanos está se acumulando a massa de lixo plástico. Tais informações estão dispersas nas páginas do google, ora usadas como fontes de pesquisa em trabalhos escolares, ora entretendo as redes sociais. Neste modo, a informação circula em torno de debates do que é verdade, do que é uma fonte confiável, quem tem razão, quem é desinformado e como combater aqueles que negam a realidade. Seja como for, o circuito cibernético das informações segue se retro-alimentando, nos mantendo diante das telas.

Este texto desloca da perspectiva de que o caos instaurado na saúde coletiva do Brasil seja fruto da desinformação entre as pessoas. A saída parece ser adotar a colaboração como princípio, tendo em vista que o modo como conhecemos o mundo e produzimos ciência refletirá em nossa saúde coletiva (Moraes & Parra, 2021). Seguindo este princípio e atenta à três aspectos da comunicação na pesquisa em ciências naturais – informação, encantamento e diálogo – experimento a hipótese de que as tecnologias inspiradas na natureza podem resgatar as experiências do Comum nas cidades.

A ciência informa

A ciência moderna, produzida em universidades e laboratórios especializados, almeja traduzir o mundo a partir de dados extraídos da natureza. Esta é decomposta em códigos e ao final, transformada em algo que pode nos ser útil, ou seja, informação. Nesta abordagem que integra ciências, tecnologia, engenharia e matemática (popular na sigla inglesa STEM), uma planta é um pacote de informações. Um exemplo claro é a trajetória dos estudos dos códigos genéticos que, em meio à profusão de dados, tenta desvendar o mistério da origem da vida, sua diversificação, os processos degenerativos e imunológicos, e mais recentemente, a síntese de moléculas (como fibras, óleos, leite) que tentam imitar a biologia dos seres vivos catalogada em portfólios (por exemplo: asknature.org). Essa virada cibernética, em que conhecimento é produzido a partir da noção de informação, transforma o mundo em um inesgotável banco de dados, e reconfigura o cotidiano das pessoas, uma vez que influencia a economia e o trabalho, como aponta o sociólogo Laymert Garcia dos Santos (2003). A edição da revista Fapesp sobre agropecuária digital (Chaves, 2020) traz exemplos de como esse garimpo de informações normatiza e orienta a produção daquilo que é considerado “mais eficiente”, “mais fácil” e até “mais criativo”. Porém, embora possamos imaginar a produção de uma gema de ovo sintética, os dados não nos informam sobre as relações de vida das galinhas produtivas e confinadas. A ciência que produz informação buscando soluções para nossas necessidades precisa ser olhada de forma crítica, para que não se repita o erro do progressismo na América Latina de “inclusão pelo consumo”, seja de mercadorias ou de informação. Portanto, o papel da comunicação científica, mais do que transmitir informação, é de ser um mediador de reflexão para decidirmos o que de fato necessitamos e que tipo de informação queremos que seja produzida.

A ciência encanta

Quando a ciência encontra a arte, aterra em outro tipo de materialismo, em que inteligência e intelecto se reconectam com sensibilidade. É assim que a ciência encanta, porque cria outros sentidos para o mundo, fascina, desperta, transgride. Uma ciência viva. A comunicação científica colaborativa, por sua vez, não toma pra si o papel de conscientizar, mas ativa um regime de sensibilidades, sobretudo em tempos pandêmicos no Brasil, em que a confiança no futuro é colocada em xeque. Ocorre, no entanto, que a pandemia levanta um outro sentido para confiança. Se antes confiança esteve ligada com verdade, hoje parece irmã da fragilidade. Confiança que se mede na capacidade de assumir a fragilidade. Sim, o mundo é frágil. E uma ciência, ou um chamado, que não fala das incertezas, que mascara a própria fragilidade, que se agarra nas garantias, já não soa confiável.

Aterrar também implica abrir-se às possibilidades de interpretação dos fenômenos da História Natural, relaxando dos dogmas da Biologia neodarwinista, muito carregada das metáforas militares e que exaltam o vigor do indivíduo. Já em narrativas evolutivas que se atêm à interação dos organismos com o meio, a diversidade biológica não é um mero número, uma representação; mas reflete as diferenças relacionais onde as espécies vivem, e nos lembram que os organismos se tornam o que são apenas em relação. Nessa biologia da imanência não há um projeto a priori, o código genético não tem poderes divinos, os seres se definem continuamente em suas relações com o mundo e moldam seu meio coletivo (Vaz et al., 2011; Odling-Smee & Turner, 2012; Graciano, 2014). Nesta ótica, as florestas, por exemplo, não são um conjunto de árvores; mas um fenômeno social, cuja comunicação entre os viventes envolve aprendizado, memória e negociações, como retrata a ecóloga Suzanne Simard (2018). A humanização da floresta em tais narrativas sociais, não é um risco a ser evitado, mas um modo de problematizar as próprias relações humanas com o mundo vivo, além de um exercício de intimidade e sintonia com os não-humanos, com rico material para ser trabalhado pela comunicação audio-visual (Riedelsheimer, 2001; Dordel & Tolke, 2016; Myers, 2017; Castro, 2019).

A ciência dialoga

A atual pandemia reforçou a tensão entre regimes de verdade, elevando ainda mais a ciência como saída para dissolver dissensos. Enquanto a ciência fala, os outros escutam, deixando para algum mediador a lida com os equívocos que as evidências despertam. Em um caldo de ambiguidades, a manipulação política que incentiva tratamento precoce com cloroquina não é distinguida dos usos tradicionais de plantas no cuidado com a ação do coronavírus. Para resolver as divergências, a ciência assume-se como árbitro. Mas quem de fato apita, se o grito de convencer já não dá conta dos problemas planetários? Como a ciência pode ocupar esse papel, se é uma fabricação permanente que demanda verificações contínuas, aberta às hesitações, às incertezas?

A saída parece ser adotar a colaboração como princípio, assim como o mundo vivo nos convida. E desse modo, a popularização da ciência não pode mais apenas substituir uma linguagem rebuscada e específica por outra mais acessível destinada àquele que se chama de “leigo”. Ao contrário, a colaboração demanda diálogo no qual a produção de verdade não é uma disputa, mas uma composição. No entanto, a participação implica não só explicitar as incertezas da ciência, mas uma abertura às múltiplas formas de conhecer e manifestar um certo conhecimento, ao pluri-racional como diz Luiz Rufino (2019) em seu livro Pedagogia das Encruzilhadas. Assim, se a intenção é fazer pontes entre a ciência e o cotidiano das pessoas, é válido perguntar-se: no cotidiano de quem? E ainda mais, o que precisa ser abandonado ou transvalorado para se produzir evidências de modo colaborativo? Retomando o sentido etimológico da palavra comunicação (communicare), ou seja, usar em comum, a resposta dependerá da partilha de experiências ancoradas no cotidiano e no concreto. Este exercício político, tão empobrecido na modernidade como já apontava Hannah Arendt (1958), ganha vigor a partir de uma produção científica que retoma esse engajamento prático, cujas experiências serão nossa base para explicitar as experiências de interdependência entre justiça social, ecologia e saúde coletiva.

Vivendo no caos com as tecnologias inspiradas na natureza

Partindo do princípio da composição descrito até aqui, surge o incômodo de colocá-lo em prática nas ciências naturais. Como a Medicina, Agronomia ou a Ecologia podem se abrir, se estão cristalizadas por séculos de um saber aparentemente neutro e distanciado? Como voltar atenção às relações, relaxar da vontade de verdade, de progresso, sem cair em um mero lirismo ou digressão filosófica, nem abandonar as evidências concretas e materiais daquilo que escava e descreve? A pergunta vale a pena, uma vez que a narrativa que órgãos ambientais e leis ambientais entendem é justamente a do conhecimento científico, uma língua que tem se orientado pela utilidade, a economia e o bem-estar dos seres humanos individuais. Nesta conta não entra aquilo cujo valor não pode ser codificado e demonstrado de forma quantitativa, nem o sensível e impalpável que há no espaço potencial ou zona intermediária das relações entre as coisas, tão caro à produção do Comum (Parra, 2019).

O atual Amazon Biobank, uma iniciativa que faz parte do Projeto Amazônia 4.0 (Nobre et al. 2016), com forte apelo à promoção do desenvolvimento socioeconômico da região, ilustra o problema. Neste banco, os muitos gigabytes do sequenciamento genético de várias espécies da floresta coletadas pelos moradores locais, serão armazenados em um livro de registro digital de interesse para indústrias farmacêutica, cosmética e alimentícia na síntese de biomoléculas. A questão da propriedade intelectual, onde os debates frequentemente se concentram, será resolvida a partir de sistema de blockchain colaborativo que rastreará as contribuições de cada instituição vinculada ao biobanco. No entanto, há uma sutileza que passa desapercebida: a síntese de biomoléculas depende da existência do DNA no banco, e não da existência física das espécies em seus ambientes. Mais uma vez, a biotecnologia opera como um conversor entre aquilo que não serve pra nada, e que depende de condições ecológicas inusitadas na floresta; para algo controlável, próximo do universo urbano industrial e mensurável economicamente. As florestas restam como um reservatório do potencial a ser usado, cuja existência, paradoxalmente, depende que nos mantenhamos ignorantes ao que se tem ali. Da mesma forma que os saberes dos povos da floresta: valor enquanto mero reservatório que potencialmente integra a biodiversidade ao mercado global. Ou seja, seu valor intrínseco é seu desconhecimento. Nossa caixa de Pandora. Permanecemos com o problema e com a guerra de mundos: de um lado a utopia de que o capitalismo ainda não deu certo, e dará com a adesão de todos em prol da modernização; e de outro, aqueles críticos ao modelo, os fantasiosos, ingênuos, vagabundos, ou no melhor dos mundos, poéticos. O cenário distópico para uns é a utopia para os outros. É justo daí que se propaga a noção de tecnofobia, que zomba do receio daqueles que apontam uma possível incompatibilidade entre natureza e tecnologia. No entanto, a questão que importa não é o medo da tecnologia, já que as atividades técnicas sempre fizeram parte de qualquer cotidiano humano, desde a manipulação do fogo às práticas de domesticação de plantas (Terrell et al., 2003; Balée & Erickson, 2006). A questão importante, formulada por Nêgo Bispo, é a cosmofobia de humanos assombrados que controlam e destroem tudo que não é uniforme, padronizado, previsível (Mota Cardoso, 2020). Livres desta cosmofobia, poderíamos fazer amor com os drones?! Amor que conecta o futuro com o passado, com a tradição, o ancestral, sem cair no reacionarismo de práticas colonizadoras, de um progresso implacável? Ou nos termos do historiador Luiz Antônio Simas, sairíamos deste labirinto da perdição para a abertura das múltiplas possibilidades das encruzilhadas? Vale a pena, portanto, um olhar cuidadoso e demorado às experiências de tecnologias inspiradas na natureza, uma zona de contato entre o futuro e o passado. Em seu centro, as formas vegetais abrem um campo de pesquisa em biomimetismos, bastante instigado pelo botânico Stefano Mancuso no seu livro Revolução das Plantas.

Um exemplo são os projetos de capacitação das comunidades rurais que vivem do extrativismo do cacau e do cupuaçu em biofábricas (Ateliê Marko Brajovic) modeladas a partir de arquiteturas indígenas na Amazônia, com forte apelo ao “futurismo ancestral”. Ao defenderem uma “ecologia aumentada”, que mistura o plástico com a fibra do cipó, qual passado está evocando? Ou partem da noção já tão reproduzida, de uma terra a ser desbravada, desenvolvida, precária? Como lidará no encontro radical com um Outro diferente, sem cair na arrogância e desencantamento do humano científico civilizado que se assume tolerante? Como lidará com o crivo do tempo das coisas, sob umidade, fungos e insetos, que fazem da Amazônia uma intensa experiência encarnada, impermanente, em movimento?

Outra experiência é uma torre de captação de água (Figura 1) feita de bambu que imita a arquitetura de uma espécie de figueira (warka) gigante e endêmica na Etiópia (ver: https://www.warkawater.org/). Implantada em ambiente árido como um objeto acabado, a estrutura capta água condensada da atmosfera, “produzindo” até 100 litros de água por dia. Não se tem notícias do seu efeito no modo de vida dos moradores locais, nem nas condições ecológicas da figueira atualmente considerada em risco de extinção. O modelo foi extendido também ao Brasil na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento de Ceres (GO) e no campus da UTFPR em Campo Mourão (PR). A necessidade do objeto em si se embasa na noção de que a falta de água é uma anomalia intrínseca ao ambiente. A experiência da região do Pico do Jaraguá, zona norte de São Paulo oferece um caso contrastante (Figura 1). Ao invés da instalação de um objeto acabado e fora de seu contexto, a recuperação do fluxo de água nas nascentes se dá em uma experimentação coletiva de “mão na massa” na reabertura dos lagos assoreados pelos plantios de eucalipto nos limites da terra indígena do povo Guarani-Mbya (Figura 1b). Seja como for, tecnologias são justamente os vínculos com a natureza, e não o objeto em si, como descreve a obra do filósofo Gilbert Simondon. Em um processo de mão-dupla, operamos a natureza a partir de nossas atividades técnicas e em contrapartida, somos operados por ela. É co-produção em ato. No caso da agricultura que se vale de um monitoramento preciso do terreno, apontando onde, quando e quanto de água é necessário para manter a produtividade da cana-de-açúcar, a co-produção é restrita aos especialistas que operam a atividade técnica. Valendo-se de tecnologias digitais, impalpáveis em dados de satélites, não fica evidente a concretude do processo produtivo, que para se realizar depende da mineração do lítio que extrai 42 mil litros de água por hora do rio Jequitinhonha (Movimento de Atingidos por Barragens – MAB). Nosso distanciamento no ato de conhecer e operar a natureza, nos conta que não apenas a biodiversidade está ameaçada pela “agricultura de precisão”, mas também as tecnologias. De fato, muito da cultura material foi isolada em museus como antiquários e a biodiversidade progressivamente homogeneizada ou extinta. Como pontua Laymert (2011), inspirado em Simondon, salvar a biodiversidade depende de salvar também as diferentes atividades técnicas que operam a natureza e suprem necessidades materiais. Como disse Deleuze sobre as situações que biologia moderna cria: “Não é de um comitê de sábios, comitê moral e pseudocompetente, que precisamos, mas de grupos de usuários.”

Figura 1: Torre “warka water” implantada como objeto pronto em uma comunidade na Etiópia.

Figura 1b: Experimentação coletiva na recuperação de nascentes no Pico do Jaraguá, zona norte de São Paulo.

Desfazer tal alienação técnica que nos trouxe à catástrofe é um desafio do nosso século XXI. Nesta perspectiva, a ecologia deixa de ser uma disciplina solitária e normativa e assume uma prática que não perde de vista a concretude, a materialidade das necessidades do cotidiano, as relações intrínsecas que estão em jogo nas tecnologias inspiradas na natureza. Uma ecologia com corpo dentro, no engajamento direto, prático, sensível de um conhecimento que emerge no fazer (Ingold, 2002), confluindo os diferentes modos de se lidar com a matéria natureza. A invenção está no gesto! Neste sentido, se a atividade técnica é o que vincula o humano à natureza, as tecnologias inspiradas na natureza são oportunidades para experiências do comum nas cidades. E se os arranjos práticos com as outras espécies moldam o que elas são para nós (Tsing, 2019:129), poderíamos acordar do sonho de dominação da natureza e sonhar outros sonhos? Pra sonhar bonito, vá andar no capim, sinaliza a experiência da psicanalista com os Kamaiurá (Mello Gonçalves, 2019). A biomimética nos lembra que a cultura é uma extensão da natureza, este algo com o qual alcançamos as “calhas” do imaginar (Piorski, 2016) e damos forma às nossas invenções. Como reinserir as plantas nas infra-estruturas mínimas dos cotidianos precarizados das cidades? Como ressignificar os trabalhos-artes manuais e os modos pelos quais a diversidade de tecnologias é produzida? Quais arranjos tecnológicos as plantas suscitam nos saneamentos, marcenarias, construção civil, tecelagens, farmácias caseiras? Como fazer ver essas tecnologias de transformação do mundo vivo e seus fluxos materiais? Das indústrias químicas às cozinhas domésticas. Da floresta com madeira rara aos cabos de vassoura na cidade. Do veneno do cipó do curare ao anestésico do hospital psiquiátrico. Do trabalho das fibras vegetais à prática da costura, à roupa que se veste. Em casa de ferreiro, o espeto é mesmo de pau? O modo como os vínculos com as plantas podem educar nossa atenção é um campo aberto de experimentação e encontros no resgate da alegria da invenção. Termino, na confiança (em seu novo sentido pandêmico), de que criar e inventar tecnologias é o que fazemos quando experimentamos a vida.

“Tudo é escritura, ou seja, fábula. Mas para que nos serve a verdade que tranquiliza o honesto proprietário? A nossa verdade possível tem de ser invenção, ou seja, literatura, pintura, escultura, agricultura, piscicultura, todas as turas deste mundo. Os valores, turas, a santidade, uma tura, a sociedade, uma tura, o amor pura tura, a beleza, tura das turas.” (Julio Cortázar)

Figura. As tecnologias inspiradas na natureza mostram diferentes possibilidades de encontro entre o passado e o futuro. Acima: Torre “warka water” implantada como objeto pronto em uma comunidade na Etiópia. Abaixo: Experimentação coletiva na recuperação de nascentes no Pico do Jaraguá, zona norte de São Paulo.

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